sexta-feira, 6 de junho de 2014

Final de A Culpa é das Estrelas

Gente, eu criei uma continuação para 'ACÉDE'. Obrigada por ler!

A culpa é das estrelas

E se eu não tivesse ido, naquele dia, naquela manhã, naquele horário, para a reunião no coração literal de Jesus? Isso são apenas estimativas, elas não fazem sentido, porque, tipo, tudo acontece quando deve acontecer. Eu não me arrependo de ter conhecido o Augustus Waters, nunca. Como já disse, ele foi meu primeiro e único amor estrela-cruzada. Sim, ele rompeu o pacto. Ele partiu antes de mim e eu pensei que as lágrimas seriam eternas. Mas... Não são. Dói, isso é fato consumado. Mas existem sorrisos. Sorrisos que doem mais que lágrimas, pois, de alguma forma, eles não estão sendo compartilhados com quem queremos. E, sim, eu queria que ele estivesse aqui, e que pudéssemos juntos, criar um final vulgo merecimento de U.A.I. Mas eu entendi o que Van Houten quis dizer. Não existe um final depois do ponto. Por quê? Porque não existe um final para aqueles que acreditam em recomeço. Eu estava recomeçando e, por mais que isso fosse frustrante, eu estava recomeçando sem ele. Sem o Augustus Waters. Eu não queria, eu juro, mas eu precisava disso. Por mim, por ele, por nós. Às vezes, quando bate o silêncio da madrugada, eu me lembro dele. —Na verdade, eu o lembro sempre. —, é tão deprimente, saber que há alguns meses atrás eu estava conversando com ele na nossa dimensão particular. E agora, voltou ao zero. Uma Hazel univalente, sozinha. Eu sei parece mesquinho da minha parte falar que estou sozinha, tendo sempre meus pais junto a mim, entretanto, o Augustus partiu, levando uma parte de mim. – Isso deve soar um pouco clichê – Mas, quem não sonha em viver um clichê, certo? Eu estava sentindo sua falta. E não há remédio para a saudade. Para a saudade que eu estava sentindo de Augustus Waters. Eu não sei quanto vai durar meu conjunto ilimitado. É esse o meu medo. ‘’Oh, Hazel, você tem medo da morte?’’ Estaria mentindo se dissesse que não. Quer dizer... Eu nunca morri pra saber como é. Sempre sentimos curiosidade daquilo que nunca vimos ou provamos. Alguns diriam que não tem medo da morte e sim da maneira que irão morrer, mas pra mim, eu já sabia. O câncer que era feito de mim, pararia, provavelmente meu coração, que também é feito de mim. E pronto, a minha granada explodiria, e não haveria nada que eu pudesse fazer. Já tenho escrito que o meu silêncio é feito de gritos abafados. Mas a vida é apenas um arrendamento provisório - um parêntese entre dois insondáveis infinitos. O Augustus Waters foi à melhor coisa que me aconteceu em meio a tantas turbulências da minha vida. Eu nunca o esquecerei. Pois o amor verdadeiro nunca acaba. Nunca morre. Ele sempre existirá. O amor verdadeiro levamos sempre conosco. Eu ainda consigo ouvir o som da sua voz em minha mente, chamando meu nome completo. Eu consigo ouvir seu coração, sempre que me lembro das vezes em que encostava minha cabeça junto ao seu peito. Ele batia forte. Eu ainda posso ver as estrelas de Amsterdã. Eu sei que quando sorrio involuntariamente, ele está ali. É por ele este sorriso. E quando a brisa bate nos meus cabelos, posso imaginar seu toque. É só mais uma das noites que estou sem você, encarando a lua. Vi uma estrela cadente e pensei em você. Você está do outro lado do mundo e a linha do horizonte, insiste e se divide em dois. A culpa não é das estrelas, mas sim de nós mesmos e do mesclado de sensação que temos aqui. Dentro de cada um de nós.
Eu aceito, Augustus.
Eu aceito.

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