quinta-feira, 20 de março de 2014

Eu não sei dizer!

A cabeça para pra pensar o que o coração grita. E ele grita na tentativa de aliviar, desabafar, dividir, somar, acrescentar. Ele quer falar fazer valer a pena, "explicar o que ninguém consegue entender"*. E a cabeça cansada de tentar entender, resolve enfim ouvir o coração. Para pra pensar um pouco, e ao parar acalma, escuta, interroga, questiona, impõe, teme, oprime, não aceita, os olhos respondem com o suor do cansaço, enfim as lágrimas, as lágrimas de quem não mais aguentava, as lágrimas de quem precisava parar pra pensar. O "alivio imediato" **. E depois das lágrimas? Ai vem à explicação:
__Tudo muito bom, muito perfeito, muito intenso, muito conturbado. Muito desejo, muita saudade, insatisfação. Incoerência? Não, não mesmo. É o tal do coração tentando se impor. Ele chega querendo trocar tudo de lugar, e mexe aqui e acolá, e tira do lugar, e joga fora, e faz uma bagunça danada tentando fazer uma faxina. Eita coração danado. Bagunça tudo e espera que agente entenda e aceite com a maior facilidade. Não é bem assim não meu amigo, não dá pra aceitar assim tão fácil que o que não se tinha agora se tem e o que era seu (bom ou ruim) já não é mais. Complicado de entender e ter que aceitar. O amor exige renúncias, ele quer exclusividade afetiva, e por vezes, até temporal. Por isso às vezes sufoca e a cabeça toma a frente e começa a (des) organizar o que o coração demorou e se empenhou pra organizar. É complicado amar, é complicado querer pra si, é complicado ter que deixar. É complicado, mas é bom. Já não sei mais viver sem o amor. É que às vezes dói, pede umas coisinhas bestas, que machucam. Mas que fazem parte da escolha. O amor é assim mesmo. Tô aprendendo e ensinando, descobrindo e me apaixonando.
“Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer que não existe razão?”***


P.S. I Love You RST

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