Muitas pessoas que se juntam a mim, na minha jornada, são como mensageiros espirituais, que falam e se expõem coisas sobre a vida que me fazem ver com uma claridade incrível o que anda acontecendo ao meu redor. A grande maioria das vezes elas não tem ideia disso.
Depois de 7 meses mudando de lugar a cada 5 dias, resolvi que Koh Phi Phi, na Tailândia, seria o lugar ideal para eu me dar "férias". Poderia arrumar um emprego divertido facilmente, curtir um lugar sensacional e conhecer uma infinidade de pessoas, tudo isso sem gastar um centavo. A caminho de completar 1 mês aqui, conclui que acertei em cheio nos critérios que usei para escolher a Ilha, mas ela me trouxe muito mais que tudo isso: esse lugar é um verdadeiro laboratório do comportamento dos viajantes.
Temos muitos perfis aqui, mas a grande maioria se converge a um momento específico em comum: o vazio das alegrias temporárias. A estrada pode ser traiçoeira se você não prestar atenção nela, se não a enfrentar as vezes, se juntar suas malas e correr para o próximo destino a cada decepção que acontecer contigo. E assim ficamos na eterna luta das palavras temporárias contra as eternas.
Viajantes de 1 ano e meio se apaixonam por viajantes de um mês e meio, que não conseguem ver nada além do curto tempo que ficarão ali e simplesmente tapam os ouvidos ao apaixonado e experiente longa-estrada, que fica se perguntando porque levou tanto tempo para sentir algo como aquilo, e quando finalmente sua vez chegou, foi extremamente ignorado. Dia seguinte, um lugar bem longe, novo, talvez possa curar tudo isso. Não cura. Só fica ali guardado pra se juntar a próxima dor em dobro, lembrando que não é a primeira vez que aquilo acontece. E o que resta é o vazio. A sensação que você andará numa estrada longa pelo mundo para sempre, e só com você.
Pessoas que moram aqui por meses tem a tendência de se relacionar com pessoas que aqui estão morando também, e assim eliminar o problema "se fué". Porém, acontece a constante ameaça da grande oferta, do número infinito de novidades todos os dias, de pessoas que não agem como normalmente são. Aqui são sempre mais lindas, mais amigáveis, mais felizes, mais apaixonadas. Tiram a atenção dos de todo-dia, nos fazem acreditar que o mundo é coberto de pessoas incríveis, que nos amam, que fariam tudo por nós. Ao primeiro sinal de que talvez não seja tudo isso, as pessoas que aqui moram, trocam o alvo. Fácil. Sempre terá alguém lindo e de bom humor na ilha nos dias em que você estiver mal. Temos que observar quem tende a entender a ilha desse modo, e nos observarmos caso isso ocorra. Não é a minha culpa, não sou eu que sou menos. Mas olha... é bem dolorido e complicado absorver isso.
Até mesmo os que se dizem felizes para sempre na estrada, os que realmente te convencem disso, tem fraquezas daquelas que somente nós sabemos de nós mesmos e morrem de medo de ser tomados por elas, e neste momento estar cercado de pessoas que por mais que gostem de você, te conheçam minimamente, fiquem assustados de ver seu lado perdedor mais forte e se vão. Ai que mora a diferença dos amigos que deixamos para trás, das pessoas que já te viram chorando no recreio da escola ou quando você foi reprovado em matemática, quando vomitou de nervoso na apresentação da faculdade, ou da depressão em que entrou quando o pai morreu. Esses amigos não se vão. Não temos a opção de ir, temos que enfrentar a situação. Superamos, ficamos mais fortes e mais baseados, seguimos em frente muito melhor.
Tenho agora uma rotina. Um restaurante preferido, um bar preferido e novos amigos, incluindo dois que são os mais especiais da ilha para mim. Tem gente que não me curte tanto, tem gente que eu gosto completamente de graça, tem confusões, tem decepção, tem amor. E que a vida continue me dizendo através de seja lá o que for, o momento de ir, mas muito principalmente, o momento de ficar.
Muitas pessoas que se juntam a mim, na minha jornada, são como mensageiros espirituais, que falam e se expõem coisas sobre a vida que me fazem ver com uma claridade incrível o que anda acontecendo ao meu redor. A grande maioria das vezes elas não tem ideia disso.
Depois de 7 meses mudando de lugar a cada 5 dias, resolvi que Koh Phi Phi, na Tailândia, seria o lugar ideal para eu me dar "férias". Poderia arrumar um emprego divertido facilmente, curtir um lugar sensacional e conhecer uma infinidade de pessoas, tudo isso sem gastar um centavo. A caminho de completar 1 mês aqui, conclui que acertei em cheio nos critérios que usei para escolher a Ilha, mas ela me trouxe muito mais que tudo isso: esse lugar é um verdadeiro laboratório do comportamento dos viajantes.
Temos muitos perfis aqui, mas a grande maioria se converge a um momento específico em comum: o vazio das alegrias temporárias. A estrada pode ser traiçoeira se você não prestar atenção nela, se não a enfrentar as vezes, se juntar suas malas e correr para o próximo destino a cada decepção que acontecer contigo. E assim ficamos na eterna luta das palavras temporárias contra as eternas.
Viajantes de 1 ano e meio se apaixonam por viajantes de um mês e meio, que não conseguem ver nada além do curto tempo que ficarão ali e simplesmente tapam os ouvidos ao apaixonado e experiente longa-estrada, que fica se perguntando porque levou tanto tempo para sentir algo como aquilo, e quando finalmente sua vez chegou, foi extremamente ignorado. Dia seguinte, um lugar bem longe, novo, talvez possa curar tudo isso. Não cura. Só fica ali guardado pra se juntar a próxima dor em dobro, lembrando que não é a primeira vez que aquilo acontece. E o que resta é o vazio. A sensação que você andará numa estrada longa pelo mundo para sempre, e só com você.
Pessoas que moram aqui por meses tem a tendência de se relacionar com pessoas que aqui estão morando também, e assim eliminar o problema "se fué". Porém, acontece a constante ameaça da grande oferta, do número infinito de novidades todos os dias, de pessoas que não agem como normalmente são. Aqui são sempre mais lindas, mais amigáveis, mais felizes, mais apaixonadas. Tiram a atenção dos de todo-dia, nos fazem acreditar que o mundo é coberto de pessoas incríveis, que nos amam, que fariam tudo por nós. Ao primeiro sinal de que talvez não seja tudo isso, as pessoas que aqui moram, trocam o alvo. Fácil. Sempre terá alguém lindo e de bom humor na ilha nos dias em que você estiver mal. Temos que observar quem tende a entender a ilha desse modo, e nos observarmos caso isso ocorra. Não é a minha culpa, não sou eu que sou menos. Mas olha... é bem dolorido e complicado absorver isso.
Até mesmo os que se dizem felizes para sempre na estrada, os que realmente te convencem disso, tem fraquezas daquelas que somente nós sabemos de nós mesmos e morrem de medo de ser tomados por elas, e neste momento estar cercado de pessoas que por mais que gostem de você, te conheçam minimamente, fiquem assustados de ver seu lado perdedor mais forte e se vão. Ai que mora a diferença dos amigos que deixamos para trás, das pessoas que já te viram chorando no recreio da escola ou quando você foi reprovado em matemática, quando vomitou de nervoso na apresentação da faculdade, ou da depressão em que entrou quando o pai morreu. Esses amigos não se vão. Não temos a opção de ir, temos que enfrentar a situação. Superamos, ficamos mais fortes e mais baseados, seguimos em frente muito melhor.
Tenho agora uma rotina. Um restaurante preferido, um bar preferido e novos amigos, incluindo dois que são os mais especiais da ilha para mim. Tem gente que não me curte tanto, tem gente que eu gosto completamente de graça, tem confusões, tem decepção, tem amor. E que a vida continue me dizendo através de seja lá o que for, o momento de ir, mas muito principalmente, o momento de ficar.
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