segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

“Acho que nunca vou me acostumar em não ter mais ele. Em não ter ele pra me acordar todas as manhãs dizendo bobeiras. Não vou ter mais vontade de me arrumar pra ficar bonita, porque ele não vai mais ver. Não vou mais ter as cobertas da minha cama com o cheiro dele, nem minhas roupas, nem meu corpo. Não vou ter nunca mais um par pra minha dança, porque nunca mais quero um, que não seja ele. Passeios nunca mais serão os mesmos, principalmente se for a lugares que era pra irmos juntos. Não vou cozinhar mais nada, porque não vai ter mais ele pra poder surpreender. Os domingos de chuva não serão os mesmos, agora serão entediantes, sem filme, sem risadas, sem amor de fim de tarde. Os sábados não terão mais aquela intensidade, não terei mais a companhia dele. Não haverão mais lutinhas, piadinhas chatas, nem ciúme, nem desculpas. Não vou ter o rosto dele pra acariciar, não vou poder chamá - lo de ranhentinho, de chatão, de bobão, de meu amor… Nunca mais vou poder dizer tudo aquilo que eu sempre quis, como ele fica sexy com aquela barba e que eu gosto muito disso, por exemplo. Não vou mais ouvir aqueles pagodes que eu odiava, mas que agora eu até curtia, porque me faziam lembrar dos nossos momentos bons. Nunca mais vou conseguir ouvir minhas músicas favoritas, todas dediquei à ele. Minhas roupas que comprei pros nossos passeios, nunca mais sairão do guarda roupa, não suportarei usá-las. Meu patins que comprei pros nossos robbies, agora perderam totalmente a graça. Quando viajar, não vou mais sentir vontade nenhuma de voltar, não vai ter ele me esperando. Não vou poder mais ser chata e ficar enchendo a paciência dele, falando demais, ele não gostava, mas sei que o silêncio agora vai fazê-lo sentir falta disso. Acho que nunca vou esquecer tudo isso, quando ouvir o barulho de um carro, por exemplo, vou sempre correr pra minha janela, pra ver se é ele, vindo me fazer uma visita surpresa, ou me buscar pra gente ficar juntos, ou só pra eu sair lá, pra jogarmos uma conversa fora, enquanto acaricio o cabelo e descanso no colo dele. Hoje é o primeiro dia, eu nem cai na real ainda, e já tá doendo tanto!… Como se uma parte do meu coração simplesmente tivesse ido embora, dói demais. Nem consigo imaginar como serão os próximos dias. Tudo se apagou pra mim, perdeu perdeu a graça, o sentido. E eu vou seguir assim. Ele me pediu pra ser forte, eu vou tentar. Mas essa dor nunca vai cessar, não importa quanto tempo passe, disso tenho certeza. Espero que um dia ele acorde e veja o que tá perdendo. Que me permita tentar reconquistar seus sentimentos. Eu dei mil chances pra ele, e só preciso que ele me dê uma pra mudar tudo…

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